chove a tarde
e eu vou chovendo junto.
escorrem as minhas certezas
e a minha casca se desfaz.
quero mesmo é me despir.
jogar minhas roupas repletas de imagens
agarrar-me a tudo que possa trazer verdade.
um sentido qualquer que norteie qualquer coisa.
transbordam as ruas com suas poças enlamaçadas
e os meus olhos. antes tristes, agora tão perdidos e confusos.
mas não. não quero adormecer.
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