não fosse isso
e era menos
não fosse tanto
e era quase
(Leminski)
quinta-feira, 17 de junho de 2010
segunda-feira, 14 de junho de 2010
A paixão é
covarde.
Permanece distante...
se faz de sonsa...
mas quando quer
ligeirinho provoca o maior alarde.
Me deixa atônito!
Quando penso que está longe,
num susto me invade.
Fico sem saber...
na verdade, até sei,
que quando vem à tona
sabe como ninguém
me deixar, completamente,
às tontas.
[em parceria com Huguinho]
covarde.
Permanece distante...
se faz de sonsa...
mas quando quer
ligeirinho provoca o maior alarde.
Me deixa atônito!
Quando penso que está longe,
num susto me invade.
Fico sem saber...
na verdade, até sei,
que quando vem à tona
sabe como ninguém
me deixar, completamente,
às tontas.
[em parceria com Huguinho]
domingo, 6 de junho de 2010
Poema da despedida
Não saberei nunca
dizer adeus
Afinal,
só os mortos sabem morrer
Resta ainda tudo,
só nós não podemos ser
Talvez o amor,
neste tempo,
seja ainda cedo
Não é este sossego
que eu queria,
este exílio de tudo,
esta solidão de todos
Agora
não resta de mim
o que seja meu
e quando tento
o magro invento de um sonho
todo o inferno me vem à boca
Nenhuma palavra
alcança o mundo, eu sei
Ainda assim,
escrevo
(Mia Couto)
Não saberei nunca
dizer adeus
Afinal,
só os mortos sabem morrer
Resta ainda tudo,
só nós não podemos ser
Talvez o amor,
neste tempo,
seja ainda cedo
Não é este sossego
que eu queria,
este exílio de tudo,
esta solidão de todos
Agora
não resta de mim
o que seja meu
e quando tento
o magro invento de um sonho
todo o inferno me vem à boca
Nenhuma palavra
alcança o mundo, eu sei
Ainda assim,
escrevo
(Mia Couto)
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